Ponciá Vicêncio


De leitura simples, leve e bem agradável, "Ponciá Vicêncio", obra de Conceição Evaristo, foi um dos títulos indicados para o vestibular 2008 da UFMG. Com sua expressão poética de conteúdo sofrido o romance conta a história de uma jovem descendente de escravos que vive com os pais até o momento em que decide pegar o trem e ir para a cidade grande em busca de uma vida melhor, confiando no cumprimento de sua promessa de voltar para buscar sua mãe e irmão. Ponciá passa seus dias na inércia e de suas lembranças, pois a personagem vive (vegeta) a pensar e
recordar, nasce uma história ingenuamente otimista, mas boa de se ler.

Testes do site IstoÉ



Freud diria que "minha personalidade é moderadamente afetada pelos eventos que marcaram minha vida até os 12 anos de idade. Depois disso, minhas preocupações voltaram-se ao desenvolvimento intelectual e artístico para atingir a maturidade. Contudo, isso não significa que eu esteja livre de problemas que surgem, por outros
motivos, no meio do caminho. É bom lembrar que esse teste serve apenas de referência. Para fazer uma avaliação precisa, devo procurar um psicólogo." Para bom entendedor meia palavra basta! (rsrs)

Pois é, este foi o resultado de um dos testes que fiz no site da IstoÉ. Dos culturais e de comportamento aos de meio ambiente, este último é claro que em menor número, você pode avaliar seu grau de cultura inútil, como se sairia em um concurso público hoje, seu nível de seriadomaníaco, conhecimentos de geopolítica (adoro essa área!), qual tipo de terapia tem mais a ver com você e até seu prazo de validade. Na área de "Ciência e Meio Ambiente" um teste que eu já havia feito há uns 3 anos e adorei é o famoso teste de QI elaborado por Einstein que é bem legal. Tem teste até sobre marchinhas de urna e outro que me fez descobrir quem era a musa do trecho "debaixo dos caracois dos seus cabelos...".
Vai lá e brinca um pouquinho.

"Lord of War", mais um fragmento para construir a guerra.


Na versão brasileira, “O Senhor das Armas”. O filme é de 2005 e desde então eu vinha tentando assisti-lo, mas honestamente faltou-me paciência com tanta narração de seu protagonista. Como meu amigo Cabeça, que ficou mais velho ontem, falou muito bem deste drama resolvi persistir, e ontem foi o dia. Não é que o filme é legal mesmo?!

A história do ucraniano Yuri Orlov, interpretado por Nicolas Cage, começa no ano de 1980, quando em parceria com seu irmão Vitaly, ainda não viciado em cocaína, interpretado pelo roqueiro Jared Leto, ele ingressa no comércio de armas. De acordo com o Wikipedia, Yuri seria o suíço e bilionário Marc Rich, que recebeu perdão presidencial de Bill Clinton em 2001.


O negócio de Yuri é movimentado pelas armas abandonadas pelos governos naqueles
países em que estiveram em guerra. Onde termina uma, ali está Yuri com seus subornos e documentos falsos.

Perseguido pelo politicamente correto Jack Valentine, agente da Interpol, Yuri chega a ser preso. Porém, não por muito tempo, pois ele livre é uma excelente ferramenta para o governo estadunidense, entre outros hipócritas praticantes de genocídios. Aeronaves militares  é seu meio de transporte para levar, por exemplo, à África, AK’s-47 que agilizam a matança de famílias reprimidas. Charles Taylor, ex-presidente da Libéria, acusado de crimes contra a humanidade e de guerra, foi mais um dos clientes de Yuri, no filme o nome de seu personagem é André Baptiste. E essa é a parte da realidade censurada a nós quando o assunto é guerra e tráfico de armas. Why “no war”??? It’s so profitable!

Yuri tem o desejo de disseminar sua mercadoria tanto quanto fosse um comerciante de doces mágicos com poderes curativos, um negócio lucrativo, mas para poucos. Porém, satisfazendo outra necessidade da humanidade que não a de curar ou se alimentar, mas a de matar.


Assim como em qualquer comércio, existe toda uma mecânica capitalista em torno dos negócios de Yuri, como no curta de Jorge Furtado, “A Ilha das Flores ”. Porém, em “O Senhor das Armas” os tomates são as armas e munições, o acúmulo de bens continua com a minoria e as custas do sono e da vida dos desafortunados como a criança negra que tem, alojada em seu crânio, o fim da vida útil do armamento comercializado por um homem de gravata, enquanto sua mulher e filho dormem em segurança.

Vale à pena assistir, um exemplo vivo do capetalismo selvagem.

Registro Rápido sobre o Timão




Quem foi que disse que homem não chora? Não pensei que eu estaria viva para ver isso. Será o fim da mala preta??? Timão na segunda divisão? Isso é um manjar dos deuses na minha mesa alvinegramente atleticana, é uma Smirnoff Ice geladinha em qualquer tarde encalorada, é a vingança que outrora fora retardada, é uma puta alegria indescritível mano. Onde está São Jorge? Nem os santos tem mais imunidade. Aliás, há tempos os homens santos e de bom coração a perderam.

Vila Belmiro festeja? Não! Vila Brasil vive um carnaval de fazer cair o Parque inteiro. Destruiram até a árvore de natal do Timão. Ôooh, o que o Papai Noel e as crianças tem com isso?

Não vou falar da atuação de ninguém, meu gosto pelo Grêmio à parte, não assisti ao jogo, mas este fatídico dia 02/12/2007 tinha que ser registrado aqui.

Salve o Corinthians... e que seja bem vindo Ipatingão!

A Casa da Tia Cida



A melhor casa de todos os tempos. Queria fugir para a casa da tia Cida, onde ainda bem pequenina eu só podia nadar na piscina de 1.000 litros e eu tinha medo dos peixinhos desenhandos no fundo azul. Adorava os moranguinhos plantados no fundo da casa onde havia na área uma mesa grandona para tomarmos o café da tarde na claridade do sol fraquinho com direito a deixar bangunça de farelos no chão.


Logo na entrada da big home estava a Brasília do tio Vicente, mas a tia Cida, apesar de não ter CNH, sempre dirigiu melhor que ele. Ela até deixava a mulecada ficar conversando, ou melhor, tagarelando quando era ela quem estava no volante. Passando pela garagem avistava o maior pé de manga do quintalzão e o balanço que me chamava, e ainda me lembro de sua voz. Ai que frio na barriga.
Sempre tinha folhas no quintal e a Dani e o Celo ficavam na briga para saber quem varreria desta vez, com razão, o Celo sempre "esquecia" ou "tinha outros afazeres". Apesar de "ninguém ter paciência comigo" lá era diferente, e não me lembro da Nina algum dia ter ficado impaciente comigo. Ai, e a sopinha que ela fazia de noitinha.
Correndo ao redor da casa era como fugíamos do monstro "Bichota" e esse nome horroroso é uma revelação muito particular. Imaginamos um nome muito medonho para um monstro trash de máscaras com furo nos olhos e lanterna para iluminá-los na noite. Como ríamos. Naquela época eu acreditava que balançar "foguinho" no ar causava o mal do xixi na cama.

Casa da tia Cida é sinônimo de muita brincadeira, muita infância, do medo dos peixinhos desenhados no fundo da piscina até a evolução para as brincadeiras diante do tabuleiro do "Banco Imobiliário"... Babita Camargos, prédios verdes, casas vermelhas, (ou seria o contrário?), dadinhos, Av. Brigadeiro... mais pão francês e leitinho.
A torta de biscoito da tia Cida é a melhor de todas!!! Acabava tão logo era servida. A Dani criou uma peça de teatro para eu e a Tinha. Nossa, como a Tinha era uma bilusquinha de pequenininha. Nossa primeira atuação: 'Em cartaz... "Salame"'. Clap, clap, clap, clap. A Dani sempre cumpria todas as suas obrigações "pra depois a gente poder brincar". Ah como eu gostava de ajudar... só não me lembro se conseguia.
Me lembro até hoje do dia em que a Tinha nasceu, e eu não tinha nem 4 anos. Me lembro da faixa enooooorme e larga na barriga da tia Cida (eu curiosa para ver o corte), lembro do choro de bebê e até de como os móveis estavam distribuídos pela casa. Nunca faltava cama pra gente na casa da tia. As vezes o papai buscava eu e a mamãe à tarde... me lembro do cheiro do fusca. Eu amo cheiro de fusca!
Nossa, e o moço do algodão doce. Filho da puta ele. Mas na época eu não podia chamá-lo assim. Ele não parava de businar no portão da casa da tia enquanto a Tinha não o ouvia e começava a chorar querendo um (uns) algodão doce. O velho faturava com tanta criança em casa e o sacana fazia a mesma coisa todo dia. rsrs
Hoje, quase todos nós "da casa da tia" estamos crescidos, alguns na faculdade, outros já cuidando dos filhos, mas espero que todos tenham a mesma boa lembrança que tenho desse momento da nossa infância. So wonderfull.

Aproveitando o momento de recordação colori este desenho no site da Turma da Mônica. Agora vou sair do PC, pois o Rafa quer colorir um desenho também.

"Batismo de Sangue"


O livro escrito pelo mineiro Frei Betto, conta a história de cinco frades dominicanos que viveram uma história de amor, fé, perseguições e torturas nos anos de ditadura militar. Não necessariamente nesta ordem.
Uma realidade não muito distante de meus 23 verões e infelizmente
presente no passado da vida de alguns que conheço. Me lembro de quando eu era bem novinha e meu pai contava como era a rotina nos anos de repressão...
Filmes baseados em fatos reais tem sempre uma mágica. Sobre a versão cinematográfica do livro ouve quem a considerasse sensacionalista, para mim foi convincente. Assim
como tudo que envolve a arte de contar histórias saber como a obra foi produzida nos faz enxergar um lado bem mais comovente do ocorrido. No site oficial do filme é possível ver o relato dos atores e como vivem hoje alguns dos personagens. Léo Quintão falando sobre a cena de tortura vivida na realidade por Frei Fernando é de arrepiar tanto quanto a cena em si. Pois é, além da supracitado mágica o filme causa um impacto emocional violento por seu recheio de torturas com requintes de crueldade que óbvio, não faltaram.


Na ocasião em que o assisti, ainda no cinema, havia uma moça que chorava tão desesperadamente que me fez acreditar que algum ente querido havia vivido uma história triste na "década do pau de arara" e talvez até mesmo tivesse seu nome e relato nas páginas de algum livro como o "Brasil Nunca Mais" de Paulo Evaristo Arns.

Enquanto os frades e companhia lutavam por um mundo melhor, mais justo, defendendo o direito de expressão o povo brasileiro, hoje não muito diferente, se preocupava com os gols de Pelé e enxergavam nos revolucionários seres rebeldes, sequestradores. É claro, não é de hoje que a imprensa manda na medíocre opinião pública.

Me pergunto qual são os nossos ideais, em que minha geração vai contribuir pela história e talvez num futuro progresso, diferente do estampado na bandeira. Penso o quanto seria menos doloroso para os prisioneiros de Freury se eles mesmos tirassem suas vidas. Havia dificuldade até mesmo nisso. Muitos morreram nas improvisadas salas de torturas levando para o túmulo o nome de seus companheiros idealistas. E hoje curtimos essa falsa liberdade, porém liberta, mas burra como se estivéssemos de mãos atadas para agir quanto as injustiças sociais, crimes impunes, falsa ordem e progresso, violação de direitos humanos (para quem é realmente humano), enfim, cusparadas descaradas nas leis e na bandeira que vivenciamos todos os dias. Talvez realmente estejamos de mãos e pés atados.

Viva a queda da ditadura! Viva a liberdade de expressão! Viva o grito inútil e o blog!

Ah, já adianto que Frei Tito, personagem de Caio Blat, morre no final do filme.

Grupo Corpo




No meu Orkut coloquei alguns vídeos de espetáculos do Grupo Corpo em meus "vídeos" com o seguinte comentário: "Se não fosse o Grupo Corpo, talvez seria necessário algum comentário". Mas aqui, para citá-lo, é impossível não tecer um.

Escrevo então para quem ainda infelizmente não conhece, ou só ouviu falar, para quem gosta de balé ou para quem nunca o viu nessa forma tão Corpo contemporânea de ser. Não, mentira! Não escrevi por isso, escrevi pois já estou sentindo saudades de assistir a mais um espetáculo.

Abusando de nossa cultura brasileira, nosso ritmo, mistura de cores - cores de pele e cores de bandeiras, da junção de danças de quase inúmeros tipos é que a companhia belorizontina viaja parte do mundo mostrando um pouco do que temos de melhor, depois das crianças talvez, a exploração da arte.

"Breu", o espetáculo mais recente, que ganhou composições exclusivas de Lenine, Tom Zé, Milton Nascimento (pra variar) e Arnaldo Antunes, retrata a violência pouco sutil que nos tira o sono.

Os espetáculos do Grupo Corpo, cada um com sua maravilha particular, são emocionantes e sempre deixam saudades. O que podemos pensar sobre dança se mostra no palco do Corpo e você nunca sai do teatro da mesma forma como entrou. Enquanto "Breu" não vem à Grazi - e que venha apenas em forma de arte - vou curtindo alguns vídeos...

O espetáculo "Nazareth", uma homenagem ao compositor erudito Ernesto Nazareth, é de uma graciosidade absurda e me faz lembrar da minha infância quando eu imaginava ter seres humanos em miniaturas dançando para mim de dentro de suas caixinhas de música, tipo as do Castelo Rá-Tim-Bum.

Mas se em todos os espetáculos do Grupo Corpo tudo se casa, nesse se casam mais. Do verniz dos sapados e do salto alto, passando pelos vestidos coloridos até a última dança com final surpreendente e espetacular, Lecuona é o meu preferido. Exalando sensualidade e romantismo com músicas e movimentos que te levam do rir ao chorar, eis uma das danças do espetáculo que me surpreendeu nas três vezes em que o assisti. Simplesmente lindo!


Revista Casa e Jardim


Adoro ler! Mas não dá para comprar todas as revistas que gostamos de folhear sempre que uma novinha chega às bancas. O site da Editora Globo disponibiliza muito do que se publica em papel para quem se cadastrar no site independente de ser assinante. Adoro os conteúdos de Galileu , Época Negócios, Marie Claire, Crescer e outros vários, mas o site que eu achei mais legal é o da revista Casa & Jardim que lhe permite folhear a revista e aumentar a imagem da página escolhida. Visualmente, nem todas as reportagens são confortáveis para ler devido ao tamanho da letra, afinal, o site só a disponibiliza desta maneira para te convidar a comprá-la, mas nem sempre a arte de decorar uma casa precisa de interpretações escritas diante de tantas fotos como a revista tem.

E isso não é um jabá.


Inocência e fé




Amor, paixão, carinho, honestidade, sinceridade... inocência! Gestos simples, atitudes de fé, camaradagem e solidariedade.

Oferecer tudo o que têm, mesmo que o considere pouco, para aliviar um coração aflito. Ajudar a tirar as pedras do caminho percorrido por quem se tem amor. Fazer com que todos vejam luzes e estrelas de vitória em uma atitude sincera acompanhada de um abraço.

Que a mensagem do amor seja sempre viva por onde quer que você for.

Estou lendo: O Imperador - A Morte dos Reis



Este é o segundo livro da até então quadrilogia de Conn Iggulden, autor recomendado pelo brilhante escritor Bernard Cornwell, que me concedeu a graça da aventura na leitura da trilogia "As Crônicas de Artur".

"O Imperador" é uma recriação da história de Júlio Cesar e o todo poderoso Império Romano. Adorei a maneira direta e particularmente surpreendente como ele revela a identidade de um dos personagens. Para quem gosta de boas viagens pelos séculos, eis uma boa oportunidade de conhecer o autor, e para quem não conhece seu inspirador Cornwell... está desperdiçando tempo demais neste blog.

Adorável Música, Adoráveis Obras

Resenha do filme "Borat"

Borat, um jornalista nascido no Cazaquistão, casado, irmão de uma das melhores prostitudas do país, e que tem uma missão: fazer um documentário no "US and A" (USA), para aprender a política americana e voltar à sua terra a fim de aprensentar aos seus conterrâneos como ser uma pessoa civilizada. O filme é extremamente irônico, inicia com Borat fazendo a apresentação de sua cidade, a capital Astana, onde prostituição é uma profissão, o jardim de infância tem como principal ferramenta pedagógica armas de fogo e beijos ao cumprimentar é obrigatório entre os homens. Apesar de morar em uma casa, e em um bairro igualmente pobres (retrato de seu país), ele trava uma verdadeira guerra consumista com seu vizinho para se impor mostrando que "quem tem mais, é mais".

Ao chegar em "US and A" ele passa por vários momentos primitivos considerados pela aquela sociedade como ridículos e até obscenos. Satisfazer seus desejos sexuais e defecar em lugares públicos não e algo considerado apropriado para nós brasileiros, nem para os norte americanos. O que dirá andar com um urso no carro ou convidar uma prostituta nada discreta para participar de um jantar fino entre um grupo social fino e hipócrita. Lembrando que a hipocrisia não se restringe a essa classe, pois se uma prostituta discreta, bela e bem falante aparecesse naquela mesa aquele grupo social não saberia sobre sua profissão a menso que ela os contasse, o que ela não faria, e eu estaria me referndo a ela neste momento como garota de programa e não como prostituta.
Acostumado a uma vida livre de luxos e tecnologia, ele se surpreende com a quantidade de recursos disponíveis naquele país, onde ele descobriu o que era o vaso sanitário e para que servia o papel higiênico. Borat nunca havia visto um homem negro de perto e o incluiu no seu documentário admirado por aquele homem estar daquela cor sem fazer uso de qualquer maquiagem. Em algumas sociedades onde muitos de sua população nunca viram um negro de perto, este poderia até aparecer no documentário, mas jamais seria entrevistado.


Borat estranhou que as mulheres tivessem direito a escolher com quem iriam se deitar. Logo no início de sua chegada ao país civilizado ele conheceu através da TV a abastada de seios Pamela Anderson, e a partir daí seu objetivo era encontrá-la, principalmente após receber importante e feliz notícia de que acabara de se tornar um viúvo de uma mulher desprovida de beleza. Porém, ele desilude completamente ao descobrir que Pamela fazia pornografias para TV. O que para ele é inaceitável. Por outro lado, para Borat, transar com a sogra é simplesmente transar com a sogra, odeia ciganos, pensa em sexo a todo tempo e adoraria que alguém explodisse todo o Iraque com tudo o que nele há.


Em qualquer lugar do mundo, há pessoas que transam com a sogra, outras que ganham a vida se prostituindo, mas isso jamais é confessado por elas a quem não faça parte de seu grupo de referência. É feio ver uma criança com arma na mão, e muitas não aprendem a se defender com este recurso, mas são criadas para se deixarem ser exploradas no semáforo. Criança vendendo ou pedindo no semáforo é comum, mas não deveria ser natural. As pessoas são consideradas normais e saudáveis por gostarem e fazerem sexo diariamente, mas quando se está no maior clima e o telefone ou a campainha toca, pode não ser bem aceito falar que você estava pensando em sexo naquele momento. Borat, durante um jantar entre pessoas da alta classe social, ao confessar que achava certa mulher atraente e que transaria com ela deixa até mesmo o telespectador chocado. Afinal, ele falou algo que não esperávamos ouvir.


Muitos presidentes também adorariam que alguém explodisse algum país (outros até colocam seus desejos em prática), mas para um presidente confessar tal desejo seria guerra travada na certa. Falar tudo o que fazemos, tudo o que pensamos pode ir contra as expectativas que as pessoas têm quanto a nós. Borat agia e fazia tudo conforme ele faria em seu país, "O homem é produto do meio em que vive". A sociedade exige que façamos tudo muito bonitinho, certinho, direitinho. Mas o que é certinho? Certo é representar seu papel, agir polidamente e se intitular como pessoa livre.


Livre de qualquer preconceito, pois também foi vítima do mesmo quando foi convidado a tirar o bigode para que não se parecesse com um terrorista, ele toma como sua esposa e leva para sua casa a mesma prostituta que não se vestia conforme gostaria aquele grupo hipócrita do jantar. De alguma forma Borat via naquela mulher uma referência, algo em comum com ele, talvez a visão do mundo com menos não me toques.
Ao voltar para casa, semeia que agora eles não mais deveriam judiar dos judeu, pois isso não é legal. Borat aprendeu com o "US and A" a ser cristão e que cristãos não maltratam pessoas. Em outras palavras: não matam, não invadem, não violam e também não roubam petróleo.