Onde está a Grazi?


Minha amiga Liliane, publicitária de mão cheia, resolveu nos transformar em cartoons. Fiquei a minha cara, não é mesmo?!

Adorei Lili!

Mais um...


Geografando com Grazi... rsrs

Soa engraçadinho, mas é o meu novo blog.

http://geografandocomgrazi.blogspot.com/


Procurando Estágio


Cadastros, e-mails (muitos e-mails), telefonemas, pesquisas por empresas, dicas de Max Gehringer e Universia, muita leitura e atualização. A preparação do curriculum é dedicada e ele fica um luxo. Ah, curriculum personalizado para cada empresa. As antenas estão sempre ligadas nas ofertas de cursos e exigências do mercado de trabalho. Somos avaliados em tudo e nos preparamos para isso.

Porém, muitos dos poucos anúncios para área de Geografia em Minas Gerais, e não só Geografia, fazem tantas exigências que me pergunto se eles não queriam um pós-graduado. Mas este não é o pior dos males para quem busca experiência, na minha maratona tenho encontrado anúncios mal escritos e com dados incoerentes, exigências demais e apresentação (da empresa e do cargo) de menos. Muitos parecem que estão oferendo esmolas e não estou falando de remuneção. Até mesmo o contato para
entrevista tem deixado a desejar. Não há confirmações ou respostas de e-mail e telefonemas, apenas pouca organização.

Agora eu me pergunto, vale a pena me arriscar em uma empresa que demonstra tão pouco profissionalismo só para cumprir uma carga horária de estágio obrigatório? Irei me orgulhar desta parte do meu curriculum? Candidato também é cliente indepentende de seu nível curricular. E meu interesse é alto demais para ter carga horária sem aprendizado de verdade. Tempo é dinheiro e conhecimento.

As empresas também deveriam rever seus modos de abordagem. Empreendimento e profissionais de sucesso independe de pequeno ou grande porte empresarial, número de colaboradores ou clientes, é questão de profissionalismo, atualização e busca de melhoria contínua e espírito empreendedor.

Para mim quero as ofertas de vagas mais bem escritas, mesmo que sucintas, as empresas que aparentam mais organização, as que não deixam uma fila de candidatos esperando até a fome o deixar amarelo simplesmente para "testa-lo". Esperar faz parte, mas participar de testes de sobrevivência é uma coisa à parte. Enfim, algumas empresas também estão precisando de um pouquinho mais de etiqueta.

Qualquer dia vou separar algumas "pérolas" para postar aqui. Como a vaga para faxina que oferece 420,00 de salário + VT + VR e exige inglês fluente.

O que para mim era lixo...

Agora é sobrevivência e movimentação da economia do país. Para o alívio da minha conciência implementei na minha casa a coleta seletiva. O caminhão de lixo faz o recolhimento 3 vezes por semana e geralmente eu tenho um acúmulo de 3 sacolinhas (reaproveitada dos supermercados) de lixo orgânico. Em contrapartida tenho sacolonas com latinhas, papeis, plásticos e embalagens tetra park e PET. A Edilene, mãe de duas meninas que sempre a acompanha e que provavelmente não têm acesso a internet, é uma dos cidadãos que recolhem o material para reciclagem na rua onde moro.

Foto do filme "Crianças Invisíveis".

Percebi como muito desempregado honesto transforma o meu lixo em um meio de sobrevivência inteligente, organizado, sem hora-extra e sem chefe. Entendi que muito cidadão culto e que frequentemente faz compras na Europa também joga cigarros e latinhas de cerveja pela janela do seu possante importado e que são pessoas como a Edilene, que tem nome, fala educada, higiente pessoal e família que vão limpar as ruas para quando voltarmos.

Descobri que é super chique manter uma sacola de feira no carro e usá-la sempre que preciso, e o melhor, combina com qualquer calçado.

Então, quem contribui mais para a não proliferação de insetos, para a amenização da degradação ambiental e para a criatividade do que se fazer com o lixo? Onde cada um de nós temos atuado no gerencimento dos nossos resíduos e na colaboração para com estes profissionais informais?

Infelizmente, nem todo mundo tem sorte como a Edilene.

O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira



Informações sobre pontos de coleta no site http://www.pbh.gov.br/bhrecicla/pontoaponto.htm